O Blogue de todos NÓS

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domingo, 15 de fevereiro de 2015

Comunicado do NÓS, CIDADÃOS! sobre o Banco Espírito Santo

Tanto de forma direta, através do regulador bancário e do regulador da bolsa de valores, como de forma indireta, através do Governo, o Estado português avalizou o aumento de capital do então denominado BES. Este comportamento do Estado induziu muita gente a, de boa-fé, apostar no Banco Espírito Santo as suas poupanças, nalguns casos, as poupanças de toda uma vida.
Sem pôr em causa a viabilidade financeira do “Novo Banco”, o Estado Português tem de encontrar rapidamente uma forma de ressarcir essas pessoas que, de um dia para o outro, ficaram sem os seus aforros.  
Passado todo este tempo, ainda não foi dada uma resposta condigna às muitas pessoas que investiram em “papel comercial” do Banco Espírito Santo – pessoas essas que, semana após semana, têm demonstrado bem todo o seu desespero.
Está em causa a confiança dos cidadãos num Estado que os deve servir. Sem o aval das instituições criadas pelo Estado e financiadas pelos impostos dos portugueses, o aumento de capital não teria o sucesso alcançado.
Sem entrar na chicana política, tão característica dos nossos partidos políticos, que se servem apenas destes casos como arma de arremesso (seja ao Governo, seja ao Presidente da República, seja ao Governador do Banco de Portugal), o NÓS, CIDADÃOS! exige que o Estado português não faça figura de Pôncio Pilatos, lavando as mãos de um assunto em que tem  responsabilidades, não apenas materiais como éticas.

NÓS, CIDADÃOS!

15 de Fevereiro de 2015

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Comunicado do NÓS, CIDADÃOS! sobre a situação grega

No braço de ferro político entre a Europa “mais do mesmo” e as alternativas à Europa, NÓS, CIDADÃOS! afirma que não está em jogo uma história de bancos, banqueiros e dinheiros, mas sim uma história de povos, cidadãos e governantes, um projeto iniciado há mais de cinquenta anos e que até agora ofereceu paz e prosperidade aos povos europeus
Este debate não é financeiro. É um debate político e mesmo histórico. Tal como a União Europeia sempre soube gerir as mudanças que ocorreram, também agora se lhe deve exigir os ajustamentos decorrentes do falhanço da austeridade pura e dura. 
Neste debate, o Banco Central Europeu fez a 4 de Fevereiro um comunicado em que disse duas coisas:
1.      Os bancos com dívida soberana grega deixam de a poder usar como garantia ao BCE quando pedem empréstimos.
2.      As necessidades de liquidez (falta de dinheiro) da Grécia passam a ser satisfeitas pelos fundos de liquidez de emergência (ELA) que forem atribuídos ao seu banco central.
Destes dois pontos, os media conservadores, de direita e esquerda, só salientaram o primeiro. NÓS, CIDADÃOS! salientamos ambos.
O Banco Central Europeu não tem influência direta na política: cumpre a sua missão que é assegurar a sustentabilidade do sistema monetário. Afirmou a medida regular que é a mesma para todos os países, senão perdia a credibilidade. Afirmou a medida de emergência porque a Grécia pertence ao eurosistema e não deu sinais de querer sair.
NÓS, CIDADÃOS! alerta para que uma Grécia expulsa do euro pode arrastar outras saídas e fazer perigar a União Europeia.
Não vamos deixar que os políticos do costume, sobretudo os que só conhecem a cartilha neo-liberal e que desprezam a voz do povo e a voz dos que sabem, lancem a Europa e o mundo numa recessão ainda pior. Ninguém quer isso.

NÓS, CIDADÃOS!
5 de Fevereiro de 2015

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Comunicado do NÓS, CIDADÃOS: A (Semi)Presidência da Câmara Municipal de Lisboa

Como é público e notório, o Município de Lisboa tem tido um Presidente em part-time desde que António Costa decidiu destronar António José Seguro como Secretário-Geral do Partido Socialista. Tendo sido criado um “tabu” acerca da sua saída da Presidência do Município, António Costa assume-se nesta altura como uma espécie de Semi-Presidente até às próximas Eleições Legislativas. As razões desta (não)decisão estão provavelmente relacionadas com as mais recentes sondagens que não lhe garantem, como aquele esperaria, a vitória nas próximas legislativas ou, quem sabe, um outro receio particular como a falta de substituto adequado para o cargo municipal. Mas de uma coisa o Nós, Cidadãos! tem a plena certeza: não são o supremo interesse público, os direitos dos cidadãos de Lisboa ou, sequer, a dignidade do Estado que estão a ser defendidos.
Sem  que nos queiramos intrometer nas lides internas de outros partidos, neste caso do Partido Socialista, apenas reclamamos que a capital do país não seja  mais sacrificada. Lisboa não merece nem pode ter um Presidente a meio-tempo mais nove meses, nem deve ser usada como rampa de lançamento para uma campanha eleitoral às eleições legislativas de 2015.
Se não assume a responsabilidade de Presidente da Câmara a tempo inteiro, António Costa deve, no mínimo, pedir a suspensão do mandato ou, se a isso não tiver disposto, renunciar definitivamente ao cargo. O interesse dos cidadãos de Lisboa deve prevalecer sempre sobre os interesses ou as ambições pessoais do Presidente do Município. Foi para isso que foi eleito. É isso que deveria nortear a sua conduta enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
NÓS, CIDADÃOS
4 de Fevereiro de 2015