O Blogue de todos NÓS

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Saudação ao novo Presidente da República

O Nós, Cidadãos! Saúda a eleição do novo Presidente da República do nosso país, Marcelo Rebelo de Sousa, esperando que este cumpra a promessa de um desempenho presidencial não refém dos sectarismos partidários, antes promovendo grandes consensos nacionais.
Portugal precisa urgentemente de abrir um novo ciclo, que contrarie o crescente divórcio entre os cidadãos e a classe política – uma vez mais confirmado com a preocupante percentagem de abstenção nestas eleições, que ultrapassou os 50%.
Quanto aos resultados obtidos pelos candidatos realmente independentes – ou seja, não apoiados pelos partidos do sistema –, eles igualmente confirmam a extrema dificuldade de se furar a barreira político-mediática que o nosso sistema partidocrático erigiu para a sua própria defesa.
Pela nossa parte, porém, não desistiremos. Não se tendo envolvido nestas eleições presidenciais, o Nós, Cidadãos! tem aproveitado este tempo pós-eleições legislativas para se consolidar internamente e planear algumas iniciativas cívicas relevantes a concretizar até às próximas eleições. Pretendemos, assim, confirmar-nos como uma voz permanente e cada vez mais forte em defesa dos cidadãos. 

Nós, Cidadãos!

25 de Janeiro de 2016

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

No PÚBLICO: "Uma ruptura democrática"

Defendem os clássicos (a começar por Aristóteles) que os regimes políticos não se distinguem por serem monárquicos, aristocráticos ou democráticos, mas pela forma como conciliam, melhor ou pior, esses três princípios estruturantes de todos os regimes políticos.
No nosso regime, o princípio monárquico está, evidentemente, consubstanciado na figura presidencial, ainda que de forma cada vez menos visível, dado que os Presidentes da República que temos tido têm sido sobretudo representantes dos seus partidos e da partidocracia em geral – não, como deveriam ser, os representantes maiores da Nação. A esse respeito, Aníbal Cavaco Silva não foi melhor nem pior do que os seus mais próximos antecessores.
Por regra, mas não sempre, a degradação do princípio monárquico deriva da degradação do princípio aristocrático. Consubstanciando-se este na nossa classe política, é igualmente óbvia a sua degradação. A classe política que nos tem representado nestas últimas quatro décadas tem sido, de eleição para eleição, cada vez pior.
Se não fosse esse o caso, poderíamos até aceitar um outro modelo de eleição presidencial. Se na nossa classe política estivessem de facto os melhores, o mais adequado, no plano dos princípios, seria que fossem os melhores a escolher “o melhor dos melhores”. Continuando neste registo mais onírico, imaginamos até a situação em que, por exemplo, Adriano Moreira fosse acolhido (mais do que escolhido) e aclamado como “o melhor dos melhores”, como, realmente, o Presidente(-Rei) de todos nós.
Como, infelizmente, a realidade está muito distante desse sonho, importa, ao invés, defender um outro paradigma: o da ruptura democrática com a nossa partidocracia. Por isso, olhando para os vários candidatos – decerto, em número excessivo, o que é igualmente sintoma da degradação da nossa situação política, em que os egos, cada vez mais, prevalecem sobre os ideais (escusado será aqui dar exemplos…) –, a nossa opção é por Paulo Morais, aquele que nos dá mais garantias de independência em relação à nossa degradada partidocracia.
O percurso de Paulo Morais é, ele próprio, uma garantia: de não pactuar com a corrupção nem de ficar refém da nossa classe política. Pessoalmente, gostaria que o seu discurso fosse mais amplo – como o foi, nos seus melhores momentos, o discurso de Fernando Nobre nas eleições anteriores, em que, por exemplo, o horizonte da lusofonia era muito (e bem) valorizado. Admito, porém, que hoje as prioridades tenham que ser mais imediatistas. Por isso, reitero-o, apoiarei Paulo Morais nas próximas Eleições Presidenciais, salientando que esta é uma posição inteiramente pessoal – nem o MIL: Movimento Internacional Lusófono, a que presido, nem o Nós, Cidadãos!, de que sou um dos Vice-Presidentes, apoiarão qualquer candidato.
Renato Epifânio